Pterígio

Pterígio é uma doença ocular caracterizada pelo crescimento de um tecido fibrovascular de forma triangular, mais comumente localizado no canto interno dos olhos. Muitos pacientes se referem como se fosse uma “pele” ou “carne” que cresce nos olhos.

Geralmente sim. Em alguns casos atípicos, a retirada da lesão deve ser realizada e uma biópsia pode confirmar alguma transformação pré-maligna.

Não se sabe ao certo a causa desta lesão, mas existe comprovada associação causal com a exposição solar. Por isso, a orientação do uso de proteção com óculos escuros, ou com óculos de grau que possuam filtro UV. É muito importante.

Muitos pacientes apresentam desconforto, olhos vermelhos, sensação de olho seco ou sensação de areia. Parecem estar com olhos sempre inflamados, simulando uma conjuntivite. Muitos pacientes também procuram o tratamento por se sentirem desconfortáveis esteticamente.

Este tecido, à medida que se desenvolve, cresce em direção à córnea e em casos mais severos pode obstruir o eixo visual (região da pupila: “menina dos olhos”), provocando grande diminuição da visão. Pode ainda desenvolver astigmatismos irregulares por provocar aplanamento da córnea, e, como conseqüência, prejuízo à qualidade da visão.

Em casos iniciais, o uso de lágrimas artificiais e colírios anti-inflamatórios pode ser útil para reduzir o desconforto. Mas o tratamento definitivo é cirúrgico.

Existem 3 situações em que a cirurgia é indicada: quando o pterígio está crescendo ou já está muito avançado a cirurgia deve ser indicada pelo risco de comprometer a visão. Em alguns casos, o tecido vai crescendo e cria uma opacidade na córnea que não consegue ser removida com a cirurgia, causando uma espécie de cicatriz definitiva na córnea. Outra indicação é quando o paciente apresenta freqüentemente desconforto e olhos vermelhos. E a terceira indicação seria por obetivos estéticos.

Pode sim. Antigamente as taxas de recidiva ficavam em torno de 50 % dos casos submetidos a cirurgia. Ao longo dos anos, a técnica cirúrgica foi se modificando, e atualmente as taxas de recidiva são menores que 10%.

A cirurgia dura em média 15 minutos, utiliza anestesia somente com colírios e o paciente é liberado minutos após o término da cirurgia. Após 3-4 dias, o paciente já é liberado para voltar às atividades profissionais.